terça-feira, 19 de novembro de 2019

Relato do Corre Jamor 2019

E foi assim o Corre Jamor:

Depois de chegar ao Jamor, levantar o dorsal e encontrar a lebre (Moreira), aproximava-se a hora da prova. A malta ia-se refugiando da chuva como podia, com chapéus, debaixo das bilheteiras do estádio ou dentro dos carros.
O aquecimento foi feito à chuva, dando para perceber que a manhã ia ser molhada e o piso por detrás do Estádio Nacional iria estar um "mimo"!

Eram quase 10 horas e furámos até à frente do pelotão da partida, composto por cerca de 600 atletas. Ficámos bem posicionados, a cerca de três metros da linha de partida.

A ideia era arrancar forte, ir lá para a frente da corrida, e depois logo se veria.
Há dois meses que esta prova tinha um pionés colorido no calendário! Foi preparada atempadamente e isso deu-me alguma confiança para atacar o Jamor com espírito competitivo e conseguir uma boa prestação.

Partida e... lá foram os cavalos por ali abaixo, pela estrada de alcatrão até às piscinas! Cavalos, éguas, galgos e... lebres! A minha lebre puxava e eu deixei-me ir na loucura de um ritmo abaixo dos 4' ao km. Bem abaixo, diga-se!
Com os dois primeiros kms cumpridos abaixo dessa média, essencialmente por serem feitos na descida inicial e zona plana do Vale do Jamor, aquilo ia dar uma excelente MÉRDIA!
Ao terceiro km, já a pressentir o estouro, olhei para o relógio e nem acreditei... 3'50'' de média. Vai dar MÈRDIA vai... 
Nessa altura começa-se a subir para o estádio e as pernas começaram a vacilar. Pronto pá, foi muito bom enquanto durou, até uma próxima! ahahhaahha

Avisei o Moreira... "Vai-te embora que isto estourou! Já deu o que tinha a dar!"
Sei que ele tem potencial para ir lá na frente e se inscreveu nesta prova porque eu lhe pedi para servir de lebre... e o gajo, teimoso, não me queria deixar. Queria cumprir a missão!!! Ia ali a travar, a olhar para trás, a travar... até dava pena!
Só ao fim de umas dez vezes que eu lhe disse para se ir embora, é que ele lá se foi embora! Estava quase a mandar-lhe uma pedrada! Obrigado Moreira, missão cumprida!

Durante cerca de um  km abrandei o ritmo e consegui recuperar algum fôlego, o que não foi fácil dado o estado do terreno e o percurso desnivelado em algumas fases da corrida, pois quando julgava estar a conseguir embalar novamente e as sensações melhoravam, logo uma subida aparecia e punha à prova a resistência, que ia por aí abaixo!

Os últimos quatro kms da prova foram um misto de embalar e recuperar nas partes planas e sofrer nas subidas. Ainda assim, a partir dos cinco kms, apenas fui ultrapassado por quatro ou cinco atletas o que quer dizer que o meu ritmo não era assim tão mau.

Já no final, o 10º km é um km "fácil", pois praticamente só se desce, passa-se pela tribuna do Estádio Nacional e ouve-se os speakers da prova lá em baixo, o que dá um ânimo extra para encher o peito e terminar um pouco mais forte.

Cortada a meta foi ir directo para o carro, trocar de roupa encharcada, pois a chuva não parava!

E foi assim.. está feito mais um Corre Jamor, o meu 3º, que teve uma organização exemplar.

Esta não é uma prova fácil nestas condições de terreno, que variava entre pedras escorregadias e a terra encharcada e enlameada, ou as subidas com caruma e descidas pedregosas e molhadas com curvas de 180º, obrigando a bruscas e desgastantes mudanças de velocidade.
Mas um desafio é um desafio, e a ideia  é submetermos-nos à prova! Duro!

Resultado desta participação:
49º na geral
5º no escalão V50
Tempo: 46:16
Ritmo/km: 4'37''


Hasta






1 comentário:

  1. Correr à chuva é sempre difícil, pessoalmente evito fazer nos treinos e em corridas nunca apanhei temporal. Tenho medo de cair ou escorregar :/

    ResponderEliminar

Setúbal Open Water 2023

A Nadar Novamente! Após uma primeira experiência em 2022, repetimos a participação na prova de natação em águas livres do Setúbal Open Water...