segunda-feira, 23 de maio de 2016

Trail VW 2016



Boas!


Só à conta desta organização da VW já são 5 camisolas técnicas na gaveta, pois participei em todas as edições. Sou totalista! :)
É uma prova bem organizada, animada, com aquecimentos e alongamentos antes e pós prova, abastecimentos sem falhas e sempre com a preocupação de inovar. E a malta adere, claro! Além disso é perto de casa, pelo que não poderia deixar passar! Este ano a inovação no "programa de festas" era um trail de 15 km pela Serra da Arrábida, na zona de Vale de Barris, por isso eu tinha mesmo de ir! Este trail poderia ser transformado num Challenge se se participasse na prova dos 10 km do dia seguinte, na Autoeuropa. Isso já seria demasiado para mim, fiquei-me pelo trail.


E lá fui!
De manhã em Palmela fui encontrando a malta dos corre @ correr, e foi-se composto o grupo, prontinho para atacar a Serra da Arrábida. De manhã estava nevoeiro no castelo, de tal modo que não se via a paisagem lá do alto, mas seria de pouca dura... era bom era, pois o calor chegou mais tarde!
Parti de trás, pois fiquei na palheta com o pessoal até às últimas, que por diversas razões, lesões e outros "ões" iriam partir de trás nas calmas. Bom, haveria tempo de recuperar e também convinha não entusiasmar muito no início, pois partindo de um castelo, já se sabe que se vai descer nos primeiros metros. Além disso estava lá o Nelson Cruz... por isso correr para a vitória seria muito difícil!


Partida! Agora que eu já era um cavalo de corrida, iniciei a corrida a trote para chegar à baixa de Palmela já a galope... e passei muita malta naquelas ruelas empedradas! Fui uma cavalgadura!
Daí entrámos na Serra do Louro pela zona dos Moinhos e finalmente na terra batida. Com o pelotão já mais esticadinho, continuei a galopada até subirmos a colina e iniciar a "descida das vacas" para o Vale de Barris. Esta descida, que provavelmente tem esse nome por ter sido fustigada pelos cascos das vacas, é bastante atribulada, com pedras, regos de água e na sua maior parte em singletrack. Resumindo, é perigosa se um tipo se mandar por ali abaixo feito uma vaca louca! Foi o que eu fiz :)


Chegados ao vale, começamos logo a subir a outra encosta para a Serra de são Luis e nem dá para descansar as pernas neste carrocel! O restante percurso foi todo nesta serra, por encostas e vales, magníficos singletracks e subidinhas e descidinhas sinuosas pelo meio da vegetação!
A galopada ia bem até chegar a uma subida perto dos 9º km que obrigou a uma primeira caminhada...
Ainda há malta que tenta subir aquilo a trote, mas cedo percebe que não dá! É possível, mas só cria desgaste e não vale a pena!
E como quem sobe irá descer, logo após o abastecimento dos 10 km (por sinal bastante completo, com água, isotónico e fruta com fartura) aparece uma descida muito comprida com cerca de 2 km, com regos, pedras soltas, socalcos, que não deixavam embalar muito! O raio da descida nunca mais acabava e as pernas já doíam de tanto travar!!!
Um grupo de "caminhantes seniores" fazia a subida e ia aplaudindo os atletas... "Força" diziam eles.
Eu retorqui "Até a descer custa!"
A parte final dessa descida teve alguns metros de alcatrão o que também não ajudou à festa, pois se por um lado se desejava acelerar, mas as pernas já não deixavam e tínhamos de travar!
Logo após essa enorme descida, vinha a subida rainha, com cerca de 2 km e com mais de 200 metros de desnível até ao Castelo de Palmela! Que raio de ideia construir os castelos lá no alto! A essa hora o calor já apertava! Xiça que é tudo contra...!
Começamos a subir, a subir, a subir...  e consciente que iria subir aquilo até lá acima, arranjei um ritmo adequado ao sofrimento de forma a ultrapassar este obstáculo! Eis quando a meio da subida, vejo umas fitas e o staff da organização que nos aponta para uma ribanceira com uns degraus escavados à pazada: "Bora pessoal, é por aqui, está quase!"
Fónix! Que raio de caminho era aquele? Alguns 65/70º de inclinação que obrigavam a rastejar pela "escadaria" acima! Uma parede! Onde está o elevador??? As pernas tremiam cada vez que tinha de subir um degrau... estava no limite, mas só faltavam uns 800 metros! Tinha que subir de qualquer forma e agarrei-me a raízes, arbustos e lá fui subindo! As pernas tremiam que nem varas verdes...
Já nas imediações do castelo, no jardim envolvente ainda haveriam alguns degraus mais "normais" e lá cheguei à zona da meta, finalmente!
Conquistei o Castelo de Palmela e só faltou lá colocar a bandeira!
Na zona de chegada foram-nos entregues uns brindes, umas bolachas VW e haveria fruta com fartura, com destaque para a melancia, muito boa!
Enquanto esperava pela restante malta dos corre @ correr andei por ali a falar com um ou outro conhecido e fui cumprimentar e dar os parabéns ao vencedor da prova, o Nelson Cruz, que não sendo um habitual corredor deste tipo de prova, disse que gostou bastante. Demorou 1h03 para cumprir os 15 km da prova e ainda iria fazer os 10 km de Domingo, para complementar o Challenge VW, que ganhou com um tempo total de 1h35 nas duas provas! Bai lá bai...


Aqui o vosso amigo, fez 1:38:29 no Trail, classificando-se em 83º entre cerca de 500 participantes e 14º no escalão V45.


Os restantes atletas dos corre @ correr foram chegando e como dizia um deles (4º lugar no escalão V65): " Isto é demasiado duro... não é para mim!", mas à noite, a comentar no Facebook, dizia "No próximo ano vou tirar menos fotos e atacar o pódio!"  AH! Afinal o bichinho pegou e era o cansaço a falar... :)


Para o ano deverá haver mais. Será com este formato? Com outro? Em princípio estarei lá!

Hasta


P.S:: Estou todo empenado como há muito não estava... e da Otite, nem sinal!!! :)





terça-feira, 26 de abril de 2016

O 25 de Abril do Aluminioman

Boas!


Antes de mais, um ponto prévio: Aqui o Aluminioman está para o Ironman como o Batman está para o Superman! Ou seja, é facilmente batido, pois os seus super-poderes são... inferiores! Toda a gente sabe disso! Superman é o maior, não dá hipótese! Nem sei como fazem filmes disso... PFFF!

De qualquer modo, este Aluminioman decidiu ter um dia 25 de Abril... Super!


O Aluminioman acordou cedo e pensou: "Hoje é um bom dia para pegar na máquina de alumínio e pedalar por aí a combater o mal!!!
Tomou o seu pequeno almoço de super herói,  chamou o seu aliado na luta contra o mal, o Aluminiodog, meteu-lhe a trela e foi fazer uma primeira ronda em busca dos vilões! Percorreu cerca de 2 km a pé e nem sombra deles! O dia ameaçava uma temperatura acima do normal e talvez por isso os vilões já estivessem recolhidos nos seus covis!
Aluminioman pensou:" Se calhar já me toparam o esquema..." vou mudar de tática!


Aluminioman calçou os ténis de corrida, e andou disfarçado de atleta durante um jogging de 30 minutos, pelo mato, à procura da malandragem. Nada!


Aluminioman, já bem aquecido e farto de gastar sola, voltou a casa, vestiu o seu uniforme, que não tem capa, montou-se no alumínio e pedalou, pedalou, pedalou... e nada! Ao fim de cerca de 1 hora a trilhar caminhos, decidiu mudar de estratégia e saiu dos trilhos. O Aluminioman não teme nada, mas o caminho muçulumano "Al-Catran" é perigoso e não é do seu agrado! Ainda assim, Aluminioman seguiu nesse caminho em busca dos vilões... até que, encontra centenas de Aluminioman, também eles a combater o mal! Estranhamente, todos usavam uma camisola laranja, que tinham umas letras a dizer XXII Passeio de Cicloturismo de Fernão Ferro! Foi a forma que aqueles Aluminioman's encontraram de ir combater o mal, sem se desmascararem e apanhar os vilões desprevenidos!
Aluminioman encontrou vários companheiros de luta seus conhecidos no pelotão e acompanhou-os na missão! Havia Aluminioman's de todas as formas e feitios assim como máquinas de alumínio e outros materiais estranhos e inovadores ! Alguns participantes eram bastante pequenos e até tinham Gadgets estranhos nas suas máquinas de alumínio... disseram-me mais tarde que eram rodinhas de apoio! Hum... estes futuros Aluminioman's vão estar melhor preparados no futuro que esta atual geração!
Aluminioman acompanhou o pelotão até ao final e já com a conversa em dia, fez pisca-pisca e seguiu o seu rumo na luta contra o mal! No pelotão ouviu-se um grito colectivo: "Força Aluminioman!!!". Moralizado Aluminioman acenou e voltou aos trilhos para terminar a missão! Fez mais uma dezena de kms e foi para casa.


À tarde, enquanto Aluminioman descansava um pouco, ouviu falar num ajuntamento numa Festa da Espuma e Garraiada em Fernão Ferro! Aluminioman ficou desconfiado foi checar o ambiente em busca da malandragem! O ambiente estava animado, com seres estranhos cheios de espuma de alto a baixo! Noutro local haviam jovens a levar marradas de um vitelo, mas vilões... nada! Aluminioman também controlou os movimentos de algumas pessoas com cravos vermelhos ao peito... seria um código... um símbolo de uma seita? Hum...


Foi então que a Aluminiowoman se vira para o Aluminioman e disse: "vamos pedalar e procurar os vilões?"
O Aluminioman, embora lhe apetecesse um sofá fofinho e aconchegante para o final da tarde, nunca vira as costas à luta e disse:" Claro que sim, vamos nessa!"


Aluminioman e Aluminiowoman vestiram os seus uniformes, pegaram nas suas máquinas de alumínio e foram pedalar no final de tarde durante cerca de uma hora, em busca dos vilões!
Apesar de agradável, foi mais uma busca infrutífera!


Aluminioman teve um dia em cheio e sentiu-se realizado no final do dia! Caminhou, correu e pedalou duas vezes!


Os vilões que se preparem, que Aluminioman está a ganhar forma! :)


Hasta





segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

Trail de Bucelas 2016


 

 

Boas,

 

Inesquecível! Esta foi uma daquelas provas que mais tarde, se tiver memória, vou contar aos netos!

 

Antes de mais, seguindo a tradição da malta que corre, vou já queixar-me das maleitas que impediram que eu ganhasse aquilo!

No sábado, antes da prova, tive uma dor de cabeça, que foi o culminar de uma semana de caca, que como diria o Otávio Palmelão: “Vocês sabem do que estou a falar…!”

Foi a cereja no topo do bolo!

Fui para a caminha com um brufene em cima, e para levantar a moral, adormeci a ver a Quinta do IKEA na TVI… aquele programa onde se montam e desmontam.

 

Domingo, levantei-me e estava mesmo “Baril”! Fixe! 
Cheguei a Bucelas, onde encontrei o Paulo Fialho, o tal da cabeçada contra o sinal de trânsito e recuperamos alguma conversa dos 30 anos que não nos vimos! A cicatriz mal se nota!
Também encontrei o pessoal dos corre@correr e após alguma galhofa e desejos de boas provas, demos um xi-coração e fomos para a partida!

 

A prova começou com uma brutal subida ao fim de uns 300 metros, que arrefeceu os ânimos de quem ia todo contente e a tirar selfies! 

Bucelas tem trilhos muito bons! Por inúmeras vezes ia a correr e imaginava-me ali com a minha BTT! Singletracks brutais e técnicos para disfrutar! Ficou na retina!

Também tem riachos e rios, que para serem transpostos a organização coloca e muito bem umas cordas de apoio, para que a malta não se esbardalhe. A água é fria…

Em relação à organização, 5 estrelas! A malta é toda bem recebida e nos postos de abastecimentos até parece que estamos a chegar a casa de uns tios ou assim! Gente muito simpática! Parabéns!

Nos postos de abastecimento havia laranjas, bananas, bolinhos, água e isotónico com fartura! Nada a apontar de negativo! 

Não vi a famosa cascata que a organização promoveu com fotos durante a semana no Facecoiso. Não vi, porque fui tótó! Agarrado à corda numa passagem pelo rio e a olhar para a água, nem olhei para o lado, para a cascata! Boa desculpa para lá voltar :)

 

A prova ia-me correndo bem, mas ia sentindo dificuldades nas subidas que tinham de ser feitas a caminhar. Ao fim de algumas subidas as pernas começaram a vacilar um bocado e a ficar doridas, mas quando o terreno aplanava, ia conseguindo recuperar o ritmo!

 

Até que… 

Aos  ca. 15 km subimos 150 metros de altitude no espaço de 1 km! A pique!

Ainda antes de subir, no ponto de abastecimento avistava-se a serra e uma fila de participantes, qual pequenas formigas coloridas a subirem aquilo a direito! Enquanto comia uma banana e um isotónico, ia olhando para aquele dejá-vu! Já tinha visto uma coisa parecida e que também hei-de contar aos netos. Na Rota da Neve em BTT da Serra da Estrela, há uns anos atrás, o visual da situação era o mesmo e tive que subir uma montanha daquelas, arrastando a bicicleta como podia, tentando não escorregar. Se ali o fiz com a bike às costas, aqui em Bucelas não haveria de ser mais difícil!

Foi do catano, do caneco e do camandro!

Foi subir tentando não escorregar na lama, tentando ganhar atrito em pedras, em raízes, em ervas, em participantes, enfim, tudo servia, desde que não fosse a rebolar para trás! Estou a brincar, claro que não pisei nenhuma raiz!
Quando acabei a subida, acabou a minha fabulástica prestação… pois a partir dali, foi gerir o esforço para acabar! Mal adivinhava eu que ainda haveria de vir outra irmã daquela subida…

Se até ali ia ultrapassando alguns participantes, dali até ao final fui eu sendo ultrapassado por meia-dúzia de atletas! Já não dava! Só queria acabar!

A malta fala das subidas, mas e as descidas? Também massacram bastante as pernas, de tal modo que já me era difícil travar!  

Mas teria que arranjar forças para ultrapassar a última montanha, que também não era nada fácil. A subida era menos difícil que a da primeira montanha, pois era feita ao ziguezague, tinha pedras, folhas, raízes e isso facilitava a progressão, mas apesar disso, já estava a pedir, a implorar que a prova acabasse, quando ainda faltavam 1 ou 2 kms!  

O último km da prova é a descer, mas como até isso me custava, fui indo por ali abaixo como podia!

Ao descer, vem um atleta a subir (!) que encontra um amigo no pelotão de 3 ou 4 onde eu ia… “Ah e tal vinha à tua procura! Fiquei em 6º”

Eh pá.. eu tento não ser mal-educado para ninguém, mas mentalmente mandei-o para alguns sítios :)

No entanto e apesar disso, ele até parecia simpático e brincava com o amigo, animando-o e acabando por espalhar a boa disposição: “És a 4ª mulher” dizia… :)
 

Finalmente lá cheguei à meta… e pude descansar! Ufa! 

A reter desta participação… tenho que treinar mais subidas em montanha, pois para o ano que vem, quero lá voltar!

Para a história e arquivo pessoal: acabei a prova em 2h25min,  em 107º da geral, entre 478 participantes.
 

 

 




Hasta!

Setúbal Open Water 2023

A Nadar Novamente! Após uma primeira experiência em 2022, repetimos a participação na prova de natação em águas livres do Setúbal Open Water...