domingo, 2 de fevereiro de 2014

2º Trail de Bucelas 2014






- "Então como foi?
- Ó pai, ganhaste a prova?
- Quando é que ganhas uma?"

Isto é o que eu muitas vezes oiço quando chego a casa, quando a família não me acompanha nas provas!

Se eles soubessem por ando às vezes... ui! E se eles soubessem por onde eu hoje andei...!
- "Não ganhei, mas foi bom - respondo - fiz uma boa prova e diverti-me!"

Depois mostro-lhes os ténis, acastanhados da lama e o resto do equipamento, salpicado de lama por todo o lado, para ajudar a visualizarem a cena e o que andei a fazer!

Boa Pai! Boa Marido! Mas que doido!

E hoje foi mais um desses dias!
Juntamente com 3 corre@correr, o António, o Nuno Almeida e o Ricardo, fui para Bucelas para participar em mais uma prova de trail. O Carlos Lopes foi o corre@correr de apoio!
Estava frio, muito frio hoje de manhã! Já em Bucelas, a malta encolhia-se com o frio enquanto esperava pela partida.
Nunca tinha ido para aqueles lados à saída de Lisboa, mas tinha a ideia que ali a paisagem seria um sobe e desce constante e este trail iria ser difícil, mas uma boa experiência! Adivinhava-se lama, pedras, caminhos rurais e muito sobe e desce!
A partida destas provas é sempre diferente das outras provas. É mais lenta, pois os atletas resguardam-se para o percurso e é-me permitido acompanhar o pelotão da frente durante um bocado, pelo menos nas primeiras centenas de metros, ao contrário de outras provas, onde parece que soltam os galgos atrás do coelho!
A prova foi como eu esperava, difícil e dura. As primeiras subidas separam logo alguns concorrentes e alongam o pelotão, facilitando o espaço, necessário para contornar obstáculos. Dos outros dois ou três trails em que participei, retirei o ensinamento que as subidas inclinadas devem ser feitas a andar, tirando daí proveito da poupança da energia, que irá ser necessária mais tarde, e daí que em cada subida, cada caminhada!
Houve muita lama, muita mesmo, que obrigava a um dispêndio extra de calorias, além de obrigar em algumas descidas a números de equilibrismo circense ou de patinagem artística... só faltavam as palmas num caso e o júri com os 5.6 e os 5.7 no outro! :)
O risco de cair e magoar-me a sério esteve sempre presente! Aquelas descidas com regos de água... que terror! Que terror, mas ao mesmo tempo adrenalizante! Que pica! Aquilo é que dá vida a um homem! Bom, aquilo e outras coisas, mas ficamos por aqui! eheheh

Para culminar a prova, perto dos 11 ou 12 km, havia uma Madame Subida, acompanhada de um Ambrósio personificado na forma de rego de água, que tomou a liberdade de dificultar a tarefa e que fazia que déssemos dois passos para a frente e um para trás! Bravo Ambrósio!
A subida era comprida com o raio e cheguei ao topo bastante cansado, mas felizmente já faltava pouco!

No final, um pequeno engano obrigou-me a percorrer umas centenas de metros a mais, e não quero criticar a boa vontade do pessoal da organização, que numa bifurcação 15/25km não me conseguiu orientar bem, ou então fui eu que não ouvi e acabei por seguir para os 25 km durante algum tempo, tendo depois de voltar para trás! Eu e mais uns quantos, entre eles o Ricardo, que me informou que também eu estava a ir mal. No Problema, siga para bingo!
Daí até ao final, faltava cerca de 1,5 km e fizemos o resto da prova juntos.

Foi bom, cansativo e divertido como um trail deve ser! A organização brindou-nos com um abastecimento simpático, onde não faltava fruta em variedade, água, bolinhos e simpatia!

Para a história fica o registo de 1:26:20 dos cerca de 14,7 km (engano incluído)

Gostei, sou capaz de voltar a Bucelas e na próxima gostava de tentar os 25 km, mas tinha de me preparar muito bem para essa empreitada! Logo se vê!
Editado: Classificação: 8º no escalão M40, entre 47 participantes.

Hasta



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