segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

Trail de Bucelas 2016


 

 

Boas,

 

Inesquecível! Esta foi uma daquelas provas que mais tarde, se tiver memória, vou contar aos netos!

 

Antes de mais, seguindo a tradição da malta que corre, vou já queixar-me das maleitas que impediram que eu ganhasse aquilo!

No sábado, antes da prova, tive uma dor de cabeça, que foi o culminar de uma semana de caca, que como diria o Otávio Palmelão: “Vocês sabem do que estou a falar…!”

Foi a cereja no topo do bolo!

Fui para a caminha com um brufene em cima, e para levantar a moral, adormeci a ver a Quinta do IKEA na TVI… aquele programa onde se montam e desmontam.

 

Domingo, levantei-me e estava mesmo “Baril”! Fixe! 
Cheguei a Bucelas, onde encontrei o Paulo Fialho, o tal da cabeçada contra o sinal de trânsito e recuperamos alguma conversa dos 30 anos que não nos vimos! A cicatriz mal se nota!
Também encontrei o pessoal dos corre@correr e após alguma galhofa e desejos de boas provas, demos um xi-coração e fomos para a partida!

 

A prova começou com uma brutal subida ao fim de uns 300 metros, que arrefeceu os ânimos de quem ia todo contente e a tirar selfies! 

Bucelas tem trilhos muito bons! Por inúmeras vezes ia a correr e imaginava-me ali com a minha BTT! Singletracks brutais e técnicos para disfrutar! Ficou na retina!

Também tem riachos e rios, que para serem transpostos a organização coloca e muito bem umas cordas de apoio, para que a malta não se esbardalhe. A água é fria…

Em relação à organização, 5 estrelas! A malta é toda bem recebida e nos postos de abastecimentos até parece que estamos a chegar a casa de uns tios ou assim! Gente muito simpática! Parabéns!

Nos postos de abastecimento havia laranjas, bananas, bolinhos, água e isotónico com fartura! Nada a apontar de negativo! 

Não vi a famosa cascata que a organização promoveu com fotos durante a semana no Facecoiso. Não vi, porque fui tótó! Agarrado à corda numa passagem pelo rio e a olhar para a água, nem olhei para o lado, para a cascata! Boa desculpa para lá voltar :)

 

A prova ia-me correndo bem, mas ia sentindo dificuldades nas subidas que tinham de ser feitas a caminhar. Ao fim de algumas subidas as pernas começaram a vacilar um bocado e a ficar doridas, mas quando o terreno aplanava, ia conseguindo recuperar o ritmo!

 

Até que… 

Aos  ca. 15 km subimos 150 metros de altitude no espaço de 1 km! A pique!

Ainda antes de subir, no ponto de abastecimento avistava-se a serra e uma fila de participantes, qual pequenas formigas coloridas a subirem aquilo a direito! Enquanto comia uma banana e um isotónico, ia olhando para aquele dejá-vu! Já tinha visto uma coisa parecida e que também hei-de contar aos netos. Na Rota da Neve em BTT da Serra da Estrela, há uns anos atrás, o visual da situação era o mesmo e tive que subir uma montanha daquelas, arrastando a bicicleta como podia, tentando não escorregar. Se ali o fiz com a bike às costas, aqui em Bucelas não haveria de ser mais difícil!

Foi do catano, do caneco e do camandro!

Foi subir tentando não escorregar na lama, tentando ganhar atrito em pedras, em raízes, em ervas, em participantes, enfim, tudo servia, desde que não fosse a rebolar para trás! Estou a brincar, claro que não pisei nenhuma raiz!
Quando acabei a subida, acabou a minha fabulástica prestação… pois a partir dali, foi gerir o esforço para acabar! Mal adivinhava eu que ainda haveria de vir outra irmã daquela subida…

Se até ali ia ultrapassando alguns participantes, dali até ao final fui eu sendo ultrapassado por meia-dúzia de atletas! Já não dava! Só queria acabar!

A malta fala das subidas, mas e as descidas? Também massacram bastante as pernas, de tal modo que já me era difícil travar!  

Mas teria que arranjar forças para ultrapassar a última montanha, que também não era nada fácil. A subida era menos difícil que a da primeira montanha, pois era feita ao ziguezague, tinha pedras, folhas, raízes e isso facilitava a progressão, mas apesar disso, já estava a pedir, a implorar que a prova acabasse, quando ainda faltavam 1 ou 2 kms!  

O último km da prova é a descer, mas como até isso me custava, fui indo por ali abaixo como podia!

Ao descer, vem um atleta a subir (!) que encontra um amigo no pelotão de 3 ou 4 onde eu ia… “Ah e tal vinha à tua procura! Fiquei em 6º”

Eh pá.. eu tento não ser mal-educado para ninguém, mas mentalmente mandei-o para alguns sítios :)

No entanto e apesar disso, ele até parecia simpático e brincava com o amigo, animando-o e acabando por espalhar a boa disposição: “És a 4ª mulher” dizia… :)
 

Finalmente lá cheguei à meta… e pude descansar! Ufa! 

A reter desta participação… tenho que treinar mais subidas em montanha, pois para o ano que vem, quero lá voltar!

Para a história e arquivo pessoal: acabei a prova em 2h25min,  em 107º da geral, entre 478 participantes.
 

 

 




Hasta!

segunda-feira, 30 de novembro de 2015

RP na Coina - 1ª Corrida B- Planet


Partida! Lá vamos nós!

Boa, não há atravancamentos, a malta já está a correr! Mas xiça... o que é isto?... Doem-me as pernas e estão presas... será nervos? Mas então o aquecimento não serviu para nada? Até aqueci bem, se calhar é por estes primeiros metros serem ligeiramente a subir... ai ai ai,  já estou a ver que isto hoje vai ser difícil!
Vou controlar o passo..., e vou arriscar um ritmo vivo e seja o que o destino quiser! Lá para a frente logo se vê, agora não quero pensar nisso!
Olha a placa do 1º km... hum, quanto é que marca o cronómetro? - 4:08 min! Boa, vamos ver se consigo manter este ritmo! Vou-me arrebentar todo hoje!!! :)

Olha a primeira subida, são só cerca de 50 metros... baixo ligeiramente o ritmo, feito.... agora a descida... aproveito! As dores nas pernas foram-se embora!
Vou encostar a este matulão de 1.90 e 90 kg e aproveitar o ritmo dele... Mas como é que este tipo mantém este passo com este tamanho??? Não é o estereotipo de um corredor!

Placa dos 2 km... 8:25 minutos! Boa! Apesar da subida, estou dentro do desejado!
Aí está outra subida, a mais comprida. O que vale é que também a vou descer na volta! Bom, afinal não é assim tão inclinada e dá para manter uma boa passada, mas não se vê o seu fim!
Feita a subida e tchau aí ó matulão. Eu bem estava a achar este ritmo demasiado rápido para ele... :)
Olha outro...o tipo das calças de fato de treino e dos ténis de basket (na foto)! Tchau também! Bem me parecia que ias depressa demais! Continua nas corridas pá, mas muda de equipamento, pois tens potencial  ;) 

Vou estabilizar o ritmo até aos Foros da Catrapona onde é o retorno, pois isto é uma recta interminável para lá... e para cá! Porra mas que estrada tão comprida... mas estou a aguentar bem!
Placa dos 4 km... 16:25 min! Boa, está na média...
Olha os três primeiros que já regressam...  que grande passada (o vencedor Carlos Saias terminou com o tempo de 33:28 minutos)
Aparece a placa dos 5 km, com curva a 180º e abastecimento. Pego na garrafa e abrando um pouco para beber dois goles de água! Nem controlei o meu tempo...
Vai! Recupera o ritmo que estás bem, mas não te podes esticar!!!
Vou juntar-me a este trio e tentar estabilizar a passada! Não os passes que eles vão bem e na conversa... fónix, mas este tipo conhece toda a gente? Cumprimenta tanta malta que vem no sentido contrário! E não se cala a falar de comida e o catano... :) bom, é sinal que vai bem... vou aproveitar a boleia deles e ver o que isto dá!

Aproxima-se o final da recta e a descida comprida, onde vou tentar relaxar!
O trio começa a desfazer-se e aproveito a boleia do mais rápido, um que não ia a falar! 
Isto devia ser sempre a descer... assim é que era bom... mas se é bom para mim,  é para os outros, pois não estou a passar ninguém!
O tipo do trio, foge de mim e até ao final da prova esteve sempre a 15/20 metros. A partir daqui fui sempre sozinho.
Placa dos 8 km... 32:35 minutos! Oi?  Deixa lá ver... se fizer 4 e uns pozinhos ao km, vai dar! Está quase garantido, desde que não dê o estoiro!
Já só falta o sobe e desce mais ligeiro e depois é ligeiramente a descer até à Meta, por isso, vou conseguir chegar perto dos 41 minutos! É possível, vou esforçar um pouco este ritmo! Olha a malta da caminhada, será que vou fazer uns ziguezagues? Mau, só espero que não atrapalhem o pessoal dos 10 km!
Olha a estação... porra, raio da rotunda, é feita a curvar e a subir e ainda a contornar uma família a caminhar por dentro e isso não está com nada! Já vou um bocado desengonçado! Saiam da frente que estou a sofrer, caraças!!! :)
Falta pouco... já estive aqui a aquecer antes da prova... é só mais um esforço! Olha a última rotunda... a descer... estico a passada para a Meta, vejo algum público a incentivar e a bater palmas e... FEITO!!!
Missão cumprida e novo recorde pessoal nos 10 km! Fico super contente, e faço um gesto com o braço do tipo toma e encaixa, que já está!
Recebo a garrafa de água e o saquito com umas publicidades, uma fita e uma esferográfica! A crise não dá para mais... :)

Vejo a esposa e espeto-lhe um beijo!  Consegui bater o meu recorde, digo-lhe! Obrigado pelo apoio!
Recupero a respiração e começo a assimilar o tempo que fiz e a recordar-me dos treinos que tenho feito nos últimos tempos e de como deram frutos! Valeu a pena!



A partida, folgada, como se deseja:

O tempo esteve fenomenal para correr, com Sol, temperatura fresca e sem vento!
Em relação à organização, nada a apontar! Foi uma corrida simples, com percurso marcado com placas de km e um abastecimento de água aos 5 km. Não é preciso mais que isto! Espero que esta tenha sido a primeira Corrida B-Planet de muitas, pois a malta gosta destas provas perto de casa! 
Para ajudar à causa até usei a camisola técnica oferecida, bastante boa por sinal, o que normalmente não faço!
Classificação 62º em 310 participantes.


Hasta!

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Corre Jamor 2015. Como foi...

Boas!


O Môr ontem lá foi à prova e foi assim:


Num belo dia para correr, solarengo e com uma temperatura amena,  fui matar saudades da zona olímpica :) , na 6ª edição do Corre Jamor.
Cheguei cedo pois não tive oportunidade de levantar o dorsal da prova nos dias anteriores e tive que o fazer antes da prova. Eram 09h00 e já por ali andava a vaguear... e a prova só começava às 10h30! Felizmente tive o apoio e companhia da esposa e o tempo de espera passou mais depressa.
Da malta minha conhecida e que anda nestas andanças, só vinha o Simões, que anda a experimentar outros terrenos que não os de estrada e parece que gostou disto: " a distância até se faz melhor!", dizia ele!
Também apareceu o "Limpaneves". O Frederico "Froids" é um companheiro de BTT de longa data e também ele se estreou a competir na terra... a correr, pois na BTT tem mais quilómetros que eu nas duas modalidades... Diz que gostou e vou esperar ansiosamente para ler a crónica desta prova no seu blog!


O ambiente estava animado na Praça da Maratona, com os participantes da caminhada de 3 km e da prova dos 10 km a serem incentivados pelos speakers e pela malta das aeróbicas, que puseram todos aos pulos! E foi com essa boa disposição geral que todos entraram na velhinha pista de tartan do Jamor, para a zona de partida onde se realiza a prova dos 200 metros. Coloquei-me bem na partida e este é um procedimento que estou a tentar não falhar... pois partir bem faz toda a diferença!


Estivemos ali poucos minutos... 3 ou 4... até que se iniciasse a prova, para logo cumprir uma volta à pista e sair desvairado para a estrada em direção à zona das piscinas. Nessa parte inicial, a descer,  é fácil embalar para um andamento rápido e no meu caso embalei demais, pois ia ouvindo alguns comentários do tipo: "vamos a média de 3:55"... o que me alertou para refrear um pouco o ritmo, que esta não é uma prova rápida...
Cumprido o percurso da zona baixa do Vale do Jamor, era altura de subir novamente para a zona do estádio, passando pela 1ª subida em terra batida, que já é uma velha conhecida de outras ocasiões, pois é sempre percorrida no Corre Jamor e no Duatlo do Jamor. E custa sempre...


Voltando à estaca zero de altimetria, entrámos na mata das imediações do estádio, a subir pela sua esquerda e aí fizemos uma série de ziguezagues pelos trilhos e caminhos com algumas subidas e descidas. Aos 6 km comecei a acusar algum cansaço, e apesar de me ter treinado para este tipo de terreno, só me sentia confortável no plano, onde facilmente impunha um ritmo mais rápido, o que não acontecia nas subidas, onde me doíam os músculos das coxas e ia-me abaixo. Todavia, não devia ser só a mim que doía, pois os "companheiros de luta" que ora me ultrapassavam, ora eram ultrapassados, também não se distanciavam daquela zona do pelotão.
O terreno da mata estava na sua maioria seco, bom para correr, e só o notei mais escorregadio em uma ou duas zonas mais escondidas do Sol, na parte de trás do estádio. Devido ao orvalho matinal,  algumas zonas empedradas também estavam escorregadias, sendo no entanto bem assinaladas pelos elementos da organização.
Perto do final, cerca do 9º km, passámos pela zona superior do estádio e pela tribuna presidencial, onde se tem uma vista abrangente de toda a zona do evento e da meta, na pista de tartan. Também já se ouviam os speakers, que iam identificando os participantes na meta pelo nome do dorsal!
A partir dali já só seria praticamente a descer e o ânimo aumentou, tal como as forças para acabar a prova!
Na entrada da Praça da Maratona sentimos o apoio do público e isso ajuda bastante. Se as pessoas soubessem como ajuda, acho que batiam mais palmas...
Fiz a última volta à pista e lá terminei a prova cheio de glória, com direito a  que o speaker dissesse o meu nome e tudo! :)
O que o speaker não sabia, era que aqui o menino estava todo partido! :)


Fiquei em 105º lugar, com 45:20 para os 10 km percorridos.
Terminaram a prova cerca de 1400 atletas!


Esta é uma prova a repetir! Gosto do percurso, do local e da organização!


Hasta

domingo, 1 de novembro de 2015

Treino Gold no Monsanto!

Boas!

Durante a semana anterior a ansiedade da malta crescia dia após dia, para que chegasse o fim de semana e irmos treinar no Monsanto, com o Campeão Nacional de Ultra Trail - Hélder Ferreira!
Pronto... se calhar estou a exagerar na questão da ansiedade... mas só um bocadinho! :)
Mas quem não ficaria entusiasmado com esta oportunidade? Eu fiquei, claro! Foi um privilégio!

Os corajosos que enfrentaram o alerta laranja!

Simpatiquíssimo, o Hélder acedeu em ir treinar com estes "côxos" e  partilhar algumas experiências, dicas e histórias sobre a modalidade, que foram disfrutadas até ao tutano! :)
É muito diferente absorver a informação de quem tem a experiência de correr na elite, da de ler sobre esses temas na internet ou em manuais e revistas! Foi um workshop de luxo!
Tivemos azar com o estado do tempo, que não estava para meninos,  com avisos e alertas laranjas e vermelhos em algumas zonas do país. Na noite anterior ainda questionei se iríamos para a frente com esta empreitada, ao que me foi respondido que sim, que ninguém iria vacilar perante umas gotas de chuva e que o Hélder também não! Também não seria por minha causa, pois adoro correr à chuva!  Todavia, o Monsanto com muita chuva... tem muito que se lhe diga, pois fica escorregadio e algumas zonas são barrentas e têm muitas poças e raízes, dificultando as subidas e descidas mais técnicas.
Mas fez-me bem e quando cheguei a casa  fui verificar...  tenho mais três cabelos no peito! :)

Durante o percurso o Hélder apresentou-nos algumas "subiditas", explicando algumas técnicas de subida e também algumas "desciditas" mostrando como se faz! A malta ia atrás como podia e conseguia, mas o ritmo imposto foi sempre acessível tendo em conta o nosso nível. - "Até a andar podemos ir" dizia o Hélder, o que interessa é manter o grupo! O Moreira brincava e dizia que o Hélder estava a fazer o arrefecimento pós-treino ou cool-down connosco, o que era literalmente verdade, pois ele já tinha feito o seu treino antes de nós chegarmos, bastante cedo! Bai lá Bai! :)

 Quando a malta se reúne... dá nisto! Enfim, patetices... :)
 
Já conhecia o Monsanto devido ao BTT, mas há sempre algo novo e perspectivas diferentes de abordar a mata. O Hélder mostrou-nos o seu percurso e por exemplo, nas Pedreiras, onde a malta desce aquela rampa enorme com as BTT...  nós hoje subimo-la, a correr! Nunca pensei fazê-lo! Cedo nos apercebemos que para chegar ao topo competitivo na modalidade de Trail, tem que se treinar bastante e ter uma grande entrega ao sofrimento. Apesar disso, o fator diversão está sempre presente. De outra forma não poderia dar certo!
Aliás, durante todo o treino, notou-se bem a paixão com que ele corre e vive para o Trail. Ouvi-lo falar foi sempre cativante e a facilidade com que fala enquanto corre é impressionante e é um sinal de excelente forma!
Depois das Pedreiras, dirigimo-nos para a aquela subida paralela à autoestrada que eu simplesmente  apelidava de "comprida", mas que o Hélder e a malta do Trail, lhe chama a "Cabra"! Já conhecia a "Cobra" em Palmela e agora fiquei a conhecer a "Cabra". A Cabra é dura e eu batizei-a com outros nomes no final! :)
 
 
Na parte final do percurso, passámos por outros singletracks muito engraçados entre a vegetação, que a descer eram feitos mais rapidamente, apesar do rêgo de água no meio e poças de água do Planeta Marte... com água laranja, entenda-se! Se no início ainda me desviava de algumas poças, no final já nem ligava a isso. É sempre assim, quando já estamos de cabeça perdida :)
Foi um splash splash spalsh até ao final, no Calhariz!
Terminado o treino, o Hélder, generosamente, ainda nos deu a provar uns produtos da Gold Nutrition, e fiquei fã da marca! Gostei dos sabores!
Foi um treino inesquecível, sem dúvida! Adorei!
 
Obrigado Hélder Ferreira, por tudo!
 
Falta aqui referir um pormenor: choveu desde que saí de casa, até chegar a casa!

Hasta
 

quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Corre já môr...

Boas!


E depois da Meia do Rock o que vislumbro no horizonte? O Corre Jamor 2015!
É já daqui a duas semanas, mais coisa menos coisa.


E que expectativas tenho para esta prova?
-Melhorar o ritmo!
Foi uma das primeiras provas deste meu regresso à modalidade e como o percurso deve ser mais ou menos o mesmo, quero melhorar a média ao km nesta prova que foi de 4:32, na prova de 9 km, em 2012.
A prova agora é de 10 km, mas não será naquele sobe e desce que irei bater o meu recorde, por isso os recordes estão fora de questão!
Três anos depois, vamos ver como se porta aqui o velhote!


Gostei muito da prova em 2012, principalmente do percurso, que varia entre estrada, trilhos e terra batida, entre a vegetação e mata do Jamor, com alguns sobe e desces para aumentar a dificuldade.
O ambiente do Jamor também é uma saborosa visita ao passado, pois ali participei em algumas provas de corta-mato e de pista... nos meus tempos áureos...!


Depois de recuperar da Meia Maratona, voltei à normalidade e os treinos têm corrido bem, alternando a estrada e o mato, mas agora que a hora mudou fica mais difícil treinar no mato, pois como treino ao final da tarde, a escuridão não o permite, por causa do bicho-papão!


Este fim de semana devo ter um treino muito especial... e se se confirmar, depois conto como foi!
Estou em pulgas!

Hasta

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Meia-Maratona Rock n' Roll 2015



Boas!
Para uma participação de última hora... isto até nem me correu mal: 1:40:05 (chip) para percorrer os 21.097,5 metros.
Foi muito perto da marca que eu apontava em privado aos amigos, que me perguntavam sobre o que esperava desta prova. Falhei por 5 segundos! Prometo que na próxima vou tentar estar mais concentrado! Mas esses 5 segundos a mais talvez se devam ao facto de nos abastecimentos eu ter bebido parado os copinhos de powerade, para não me lambuzar e ficar todo pegajoso! Desta forma não corria o risco de ficar com insetos presos na cara e pescoço, tal como os automóveis quando fazem viagem mais longas...
Mas pronto... falhei por 5 segundos, mas apesar disso é a minha 2ª marca na distância e fico muito satisfeito por isso!
Mas eu disse na próxima?... Não acredito! Ainda ontem disse que não faria mais provas destas... enfim!


Mas nem tudo foram rosas...
De manhã, ao acordar, o cenário estava literalmente negro e assustador!
Acordei às 06h15, ainda de noite, ao mesmo tempo em que o São Pedro mandava cá para baixo tudo o que tinha à mão... chuva, vento e trovoada! Folhas e ramos pelo chão, caixotes do lixo tombados... uma desordem na minha zona! Não há de ser nada! Vou na mesma! :)
Tentei sair de fininho de casa, mas a esposa acordou e, preocupada com o tempo, ainda me apareceu com um casaco impermeável na mão, para eu levar! "Obrigado, mas deixa lá isso,  não me vai servir para nada, pois já tenho a minha poncha artesanal preparada.  Levo um saco do lixo preto, com uns buracos para a cabeça e braços, que  vai servir perfeitamente. Depois é só colocar no lixo antes da prova, pois vou correr de t-shirt! Vai dormir, é cedo!".
Já se habituou a estas coisas... já nem questiona nada! :)


A caminho da prova, na A2  a caminho da ponte 25 de Abril, cai uma carga de água brutal, de tal modo que alguns carros à frente abrandaram por falta de visibilidade! Xiça! Nessa altura, quando já eu me questionava porque é que ia a esta prova, sabendo das condições que me esperavam, tocava no cantante do carro o tema "Why" da Annie Lennox! ehehehe  há coisas que parecem planeadas... vou contar este episódio no blog, pensei eu!
Mas realmente, Why? Porque é que um gajo se mete nestas andanças com este tempo? Ainda por cima num tipo de prova que eu nem aprecio muito... Porque é que se sai da cama cedo e com estas condições atmosféricas, a adivinhar que vai apanhar uma molha brutal na prova... e mesmo assim vai?
A resposta dava pano para mangas...


Chegado ao Parque da Nações e após uma calmaria, começa de novo a chover! Mau...
"Isto não há volta a dar, pensei eu!" Já me visualizava na prova todo molhado, a correr com os pés ensopados, mamilos assados, enfim...
Aproximei-me dos transferes da organização e estranhamente estavam 4 autocarros em fila, à espera de encher de participantes, mas a malta com receio de ir para a ponte apanhar com a chuva, estava a adiar a ida para a Ponte Vasco da Gama e os autocarros não partiam! Foi nessa altura que também recebi a informação que a organização estava a dar ponchas de plástico a todos os participantes. Boa! A minha poncha fashion foi logo despachada!


Chegado à Ponte Vasco da Gama, já não chovia e havia apenas algum vento. Fixe! Usei a poncha até 5 minutos antes da partida e deu muito jeito para proteger do frio! Durante a manhã não choveu mais... quem diria hein?
Como fui dos primeiros a chegar, desta vez consegui ficar colocado a uns 5 (cinco) metros da linha de partida! Que luxo! Graças a esse posicionamento, a minha partida foi logo a correr, sem ziguezagues nem acelerações e travagens. O único senão disto foi ter que ficar cerca de 1h15 à espera da partida... sentado, em pé, sentado, em pé... mas vale a pena para quem quer arrancar bem!
Ao sair da ponte e ao olhar para trás, via-se o tabuleiro cheio de atletas, com alguns ainda a partir lá atrás, onde eu costumo ir...


Com uma partida à vontadinha, a soltura era à vontade do freguês e o cuidado a ter era o de impor um ritmo adequado à forma atual, o que após os primeiros 2 kms, foi conseguido, com o cuidado de não deixar acelerar muito, para não sofrer no final. Consegui manter o ritmo à volta dos 4:45 ao km, com uns kms mais rápidos, outros menos e fui aproveitando todas as águas, bebidas isotónicas, géis que levei e mais o que a organização deu, para ajudar à causa.


A prova é praticamente plana e boa para manter o ritmo, mas este ano o percurso passou por cima do viaduto na zona de Xabregas, obrigando a uma subida que quebra o andamento. Nos últimos 3 km do percurso senti alguma dificuldade em manter o ritmo e estava quase a quebrar, pois já ia bastante cansado, mas com o apoio do público no final, o ânimo subiu e fui buscar algumas forças que estavam escondidas para acabar a prova. A parte final do percurso engana, pois quando entramos no Parque das Nações e julgamos estar a chegar à meta, ainda damos ali umas voltas ao quarteirão durante cerca de 1 km, que nos fazem penar um bocadinho. Vi alguns casos de malta que pensava estar próximo da meta e deram o sprint final, mas não "era já ali" e voltei a passa-los.
Durante toda a prova quase não olhei para o cronómetro, nem fiz contas se iria para determinado tempo e só no final é que reparei que iria cumprir a 1h40 que tinha fixado para mim mesmo.
Cortei a meta e mais uma vez pensei " Não volto a fazer meias maratonas. Isto não faz o meu estilo e é muito desgastante! Para quê isto tudo, todo este cansaço? Tens 47 anos pá! Não há necessidade... "
Mas na próxima será melhor!
Xiça, lá estou eu outra vez...


Hasta












segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Give me five na Rock n' Roll!

Dá cá mais cinco!
Esse é o gesto que eu espero fazer no final da Meia Maratona Rock n' Roll do próximo domingo!


E é o número cinco, pois será a 5ª meia em que participo. Uma mão cheia! Ena pá, já tenho histórias para contar aos netos! Eu que dizia que a Meia Maratona e a Maratona eram provas para malucos! Pois é... há aí uns ditados populares que se aplicariam a esta situação!


As outras foram:
2013 - Meia EDP - 1:48:45
2013 - Meia Descobrimentos - 1:34:15
2014 - Meia Almada - 1:40:50
2015 - Meia EDP - 1:48:16


Cada uma tem uma história, resumida:


2013, Meia EDP - A estreia numa prova desta distância! Para tirar dúvidas...
2013 -Meia Descobrimentos - O brilharete, com a ajuda do Ricardo.
2014 e 2015 -  As meias do "estouro", graças ao calor! O estouro de 2015 foi ainda maior...


Para este desafio inesperado até há 10 dias atrás, o menino passou a treinar-se com afinco, e julga-se preparado (ah ah ah ah ah... esta foi muito boa) para esta prova e com a experiência das outras provas, vai tentar ter cabecinha e controlar o ritmo (ah ah ah ah ah esta ainda foi melhor).


Últimos treinos mais relevantes:


27/9 - 15 km, ritmo  5:02
Foi no Trail do Pinhão. Pois é... foi uma prova que considero um treino longo, e correr na areia solta foi ótimo para os treinos seguintes.


1/10 - 10,3 km em 51:46, ritmo médio 5:01


4/10 - 14.9 km em 1:17:56, ritmo médio 5:12


7/10 - 9 km em 43:00 ritmo médio 4:43


11/10 - 12,4 km em 1:01:15 ritmo médio 4:55


Pelo meio houve uns treinos mais levezinhos... só para o esqueleto mexer e manter!
E é isto! A moral está em alta, só falta o resto!

Como diria o Adolfo Luxúria Canibal... vai ser "Sempre a rock n' rolar"!


Hasta



terça-feira, 29 de setembro de 2015

Rescaldo do 1º Trail do Pinhão - 2015



Boas!


No título desta mensagem fiz questão de referir que é a primeira edição e colocar a data, na esperança que esta prova seja a primeira de muitas. Foi uma boa iniciativa a de aproveitar aquele pinhal imenso para realizar esta prova de corta-mato ou Trail, traduzindo para português :)
Desde já envio os parabéns à organização, do Clube Águias Unidas e Mundo da Corrida. Faço um único reparo às fitas de marcação, que por serem amarelas se confundiam com a vegetação, que nesta altura do ano já está mais amarelada e ainda com as flores, também amarelas. Talvez  fosse melhor umas fitas vermelhas, para pitosgas como eu?




O Barbas...
Montado na minha BTT já ali tinha passado muitas vezes e os caminhos não foram por isso novidade, adivinhando mais ou menos o percurso dos 15 km com antecedência. Já sabia que iria apanhar alguns estradões e alguma areia fina tipo praia, ainda para mais nesta altura do ano, quando está tudo seco e solto. Também sabia de antemão que apesar de a zona ser praticamente plana, existem alguns pequenos vales e daí se adivinhavam algumas sobes e desces para quebrar o ritmo.
Foram organizadas duas provas de corrida, sendo uma de 35 km e outra de 15 km em que me inscrevi e foi ainda realizada uma caminhada.


A partida para os 35 km
Dada a partida, às 09h15 e após 100 metros de piso muçulmano al-catran, logo entrámos na mata para aí cumprir o percurso. Sendo uma prova de 15 km, resguardei-me no início (finalmente a cabeça começa a ter juízo), pois habitualmente faço provas mais curtas e 15 km... é quase uma meia-maratona, com a dificuldade acrescida de correr no mato. Andamentos vivos, nem pensar! Posicionei-me no meio da corrida e fui passando... passando... passando e só me lembro de ter sido ultrapassado por dois atletas.
A preparação para esta prova não foi a melhor, mas senti-me bem até aos 12...13 km, altura em que acusei algum cansaço e  impus a mim próprio um ritmo confortável para acabar sem sofrer e ir combatendo com a areia solta, que ia causando algum cansaço extra e me castigou as pernas.
Havia muita areia! Calculo por alto que aproximadamente 15 a 20 % do percurso era areia mais solta. Era como correr nas dunas da praia e era difícil manter um ritmo, com os pés sempre a quererem entortar as pernas. Aqueles corta-fogos vão ficar na minha memória! O resto do percurso que não era tão solto, também estava bastante mastigado! Os estradões de terra batida sabiam que nem ginjas para descansar e aplicar um ritmo mais forte.
O dia estava quente e embora a prova começasse cedo, depressa aqueceu, não fosse esta prova realizada no deserto do Mário Lino. As sombras dos pinheiros ia sendo estrategicamente aproveitadas para não aquecer tanto a máquina e no final a areia já nem fazia tanta confusão, pois "fazia parte", mas quando pisei os últimos 100 metros de alcatrão antes da meta, foi uma alegria! :)












Umas recordações originais da prova para os primeiros classificados. 
Bah... tenho lá muitos em casa... dão umas belas acendalhas! :)

No final cortei a meta com o tempo de 1:15:33  para os 15,1 km do percurso, que dá uma média de 5:00 min/km. Classificação: 28º entre 123 participantes. 
Resultados afixados 15 minutos despois da prova e atualizados assim que os participantes iam chegando e a folha enchia. Muito bem!

Gostei da prova, que foi um bom desafio físico e se houver mais edições, espero participar.


Ah... estreei em prova a minha última aquisição, uns Salomon Speedcross III, que foram fundamentais para ter "grip" em algumas situações mais pedregosas, a subir e descer e a transpor a areia solta! São bastante confortáveis e estáveis e têm um sistema de atacador original e eficaz. Dizem que são muito bons para a lama e eu estou ansioso de os sujar!


Classificação Geral


Hasta
 

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